Itajaí, rica em história e cultura, se destaca com ações de preservação e valorização do patrimônio histórico. Por meio da Fundação Genésio Miranda Lins, a população tem acesso a uma série de acervos e espaços que documentam a trajetória da cidade, com um olhar profundo sobre as evoluções ao longo do tempo, sem descuidar da manutenção da identidade cultural.
A Fundação é responsável por importantes espaços de memória, como o Museu Histórico de Itajaí, no calçadão da Rua Hercílio Luz, que retrata as transformações da sociedade local ao longo dos anos. Entre os acervos, está uma curiosa maquete histórica de Itajaí, produzida pelo artista Age Pinheiro, que remonta o visual da cidade em tempos passados.
Além disso, a Fundação administra o arquivo histórico localizado na Casa Lins, doada pela família Lins, e o Museu Etno-arqueológico, no bairro Itaipava. O museu possui temáticas de arqueologia sambaquiana e etnografia da área rural do município. Vale ressaltar que o prédio do Museu Etno-arqueológico abrigava a antiga Estação Ferroviária Engenheiro Vereza, que funcionou até 1971, quando foi desativada a Estrada de Ferro Santa Catarina.
Sob a direção de Sandra Vanzuita, a Fundação Genésio Miranda Lins tem se dedicado à conservação desses espaços e materiais, garantindo que a memória cultural de Itajaí seja preservada e transmitida às futuras gerações. “Nosso trabalho é garantir que a memória cultural de Itajaí seja preservada e transmitida às futuras gerações”, explica Sandra Vanzuita.
Nessa ação que envolve a história de Itajaí, o município também realiza um trabalho importante de preservação e digitalização de documentos históricos por meio do Centro de Documentação e Memória Histórica (CDMH). Recentemente, a Comissão Permanente de Avaliação de Documentos se reuniu para tratar sobre o processo de avaliação e preservação desse rico acervo, que inclui mais de 25 mil exemplares de jornais, 20 mil fotografias, livros, documentos e periódicos.
Em janeiro, o Centro recebeu a visita de quatro doadores que entregaram novos materiais históricos. Estes documentos passam por um rigoroso processo de avaliação e, após aprovação, são incorporados ao acervo. Além disso, Itajaí mantém uma parceria com a Fundação Catarinense de Cultura para digitalizar jornais antigos da cidade, como as edições do "Progresso", "Novidades" e "O Pharol", que circularam entre 1899 e 1936. A digitalização visa facilitar o acesso da comunidade e garantir que esses materiais sejam preservados na biblioteca digital do estado e também na Biblioteca Nacional.
“Da mesma forma que é importante a gente preservar a história, a gente tem que dar meios para as pessoas se interessarem em conhecê-las. Estamos nos atualizando, e a forma de se atualizar é digitalizando, é demonstrando de forma interativa. Então, é sempre um convite. Quando a gente se moderniza para as pessoas voltarem a conhecer o espaço, facilitar o acesso, informações, porque não é todo mundo que tem o hábito de ir lá, de procurar um documento. A digitalização possibilita um acesso mais rápido, que acompanha o dia a dia e a atualidade”, explica a Superintendente das Fundações, Anna Carolina Martins.
Com ações como essas, Itajaí segue com o compromisso de preservar a história e permitir que tanto os moradores quanto os visitantes possam conhecer mais sobre a cidade. Os documentos que já foram digitalizados podem ser acessados no site: www.hemeroteca.ciasc.sc.gov.br
Quem foi Genésio Miranda Lins
Genésio Miranda Lins nasceu em Itajaí, no dia 26 de agosto de 1903. Foi gerente do Banco Nacional do Comércio, casado com Consuelo Fimmerman dos Santos, com quem teve três filhos: Eduardo, Rosi e Francisco. Foi presidente do Banco Indústria e Comércio de Santa Catarina (INCO). Em 1946, elegeu-se vereador à Câmara Municipal de Itajaí pela União Democrática Nacional (UDN). Foi filiado à Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e, por esse partido, elegeu-se Deputado Federal por Santa Catarina, com 50.315 votos, o mais votado do estado, assumindo o cargo na 43ª Legislatura (1967-1970) em 2 de fevereiro de 1967.
Terminado seu mandato, foi ele quem realizou o primeiro grande negócio entre bancos no país, quando o INCO comprou o Banco da Cidade de São Paulo, uma rede bancária paulista com mais de vinte agências. Conhecido por ser um homem simples, honrado, de bom coração e que raramente dizia “não” quando atendia pedidos mais diversos. Além do Banco INCO, por sua iniciativa e ação, trouxe em 1948 os padres Salesianos para Itajaí, conseguiu a instalação de indústrias e a fundação do Clube Guarani. Genésio faleceu em 7 de janeiro de 1977, em Itajaí.
03 de fevereiro de 2025
Ações de preservação e digitalização garantem a memória cultural de Itajaí
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